terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

AFINAL TEM POLÍTICOS COM OLHOS ABERTOS


Bissau - O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, avisou hoje (segunda-feira) que é impossível governar o país sem programa de Governo e sem orçamento e recusou qualquer responsabilidade do Parlamento. 


Falando na Assembleia Nacional Popular, o responsável teceu críticas ao Governo mas também aos pequenos partidos, considerando que muitos deles nem existiam e que apareceram de novo após o golpe de Estado de 12 de Abril do ano passado.  

 
"Há partidos que foram fundados e que nunca fizeram um congresso. Partidos que já não existiam. O golpe de Estado não pode ser lugar de ressurreição de partidos mortos", disse Ibraima Sory Djaló. 


O presidente do parlamento referia-se implicitamente à criação de uma Comissão Multipartidária e Social de Transição, uma proposta de pequenos partidos e que serviria para regular o período de transição na Guiné-Bissau. A ser criada, essa Comissão poderá esvaziar os poderes da ANP. 


Além de crítico em relação a essa iniciativa, o presidente da ANP deixou ainda críticas ao executivo e ao facto de até agora não haver um programa de Governo e um orçamento, algo que a ANP pediu ao executivo de transição ainda no ano passado, disse. 


"Mandei dizer ao governo para trazer o programa e o orçamento. A ANP não quer saber, nem está interessada em saber, o que é que os partidos estão a fazer, é assunto deles. O que dissemos foi para trazerem o programa e o orçamento, para que de facto a ANP possa fiscalizar o Governo", disse Sory Djaló. 


De acordo com o político, respondeu ao pedido da ANP o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Vaz, "a dizer que não podia mandar o programa e o orçamento porque ainda não havia consenso com os partidos políticos".


"Eles (o Governo) não vão trazer nada se não forem obrigados, porque estão a governar com despesas não tituladas que já vão em 15 mil milhões de francos (23 milhões de euros)", alertou. 

Sory Djaló avisou que o Governo já não tem dinheiro para pagar salários em Fevereiro e se o fizer é porque se endivida ainda mais, e disse aos deputados que a ANP tem o dever de fazer um debate exaustivo sobre a matéria e produzir um documento a entregar à Presidência da República, às chefias militares e ao Ministério Público a alertar para o facto de o país ser governado sem programa e sem orçamento. 
 
O presidente disse que inclusivamente já perguntou ao Primeiro-ministro de transição sobre como é possível governar sem programa e sem orçamento, com dinheiro a ser gasto sem que ele possa controlar e sem que a ANP possa também controlar. 

Sory Djaló disse que é preciso que a ANP vote uma moção e entregue aos outros órgãos do Estado porque não quer assumir qualquer responsabilidade no caso. 


Ibraima Sory Djaló afirmou que os que não querem a ANP é porque querem "ficar a comer o dinheiro"? e criticou "os que estão encostados no golpe (de Estado)".  

 
"Os militares fizeram o golpe para estragar esta terra? Foi para isso que o fizeram? Não vamos aceitar isso nunca", garantiu. 






quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NOVOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO GUINEENSE


Índice 
1.INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------1 
2.INTRODUÇÃO DE RÁDIO E TELEVISÃO DE GUINÉ-BISSAU-------2 
3.CONCLUSÃO------------------------------------ --------------------------------------------------3 

RESUMO: Este artigo é resultado de uma discussão da disciplina de sociologia contemporânea da matéria “novos meios e novos desafios” sobre os novos meios de comunicação Guineense, aproveitando para agradecer a minha professora Heloisa Pait, que disponibilizou 50 Reais, para a compra de cartões telefônica africard, para a entrevista dessa pesquisa. Eu fiz alguns questionários, entrevistando varias pessoa da Guiné-Bissau via telefone, pois a comunicação deve constituir-se como um direito humano. A luta pela efetivação desse direito é ancestral e intensificou-se nos últimos anos, sobretudo nas duas últimas décadas, nomeadamente com o advento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação que permitiram a difusão de mensagens em tempo real junto de públicos cada vez mais numerosos e distantes.

1) INTRODUÇÃO: Este artigo pretende ser uma síntese de uma pesquisa individual, debatida coletivamente sobre os novos meios de comunicação Guineense, apontando seu objeto de estudo, a Rádio e Televisão que são os primeiros novos meios de comunicação naquele país, sendo que a população é construída por mais de 20 etnias estruturais sociais e costumes diferentes. 
O meu objetivo neste artigo é o de estudar os novos meios de comunicação Guineense e tentarei mostrar o fluxo da informação num país com mais de 20 etnias estruturais e costumes diferentes, foi assim um importante interesse nesse tema. 
Podemos entender o impacto social do desenvolvimento das novas redes de comunicação e de fluxo da informação, se pusermos de lado a idéia intuitivamente plausível de que os meios de comunicação servem para transmitir informação e conteúdo simbólico cujas relações com os outros permanecem fundamentalmente inalteradas. Thompson (1986, p.13), as Rádios de difusão nacional e Televisão da Guiné-Bissau tem objetivo hoje de auxílio de emergência, e de auxílio ao desenvolvimento como meios de comunicação privilegiados, em resultado não apenas da sua proximidade das audiências como também pela influência exercida a nível nacional pelos seus radialistas, distribuídos pela todo região do país , e cuja função varia desde a extensão do sistema educativo à difusão das campanhas de saúde pública, da aprendizagem contínua técnica ou social à própria coesão étnico social, ao desenvolvimento da participação democrática e ao reforço da cidadania, partindo dessa idéia buscaremos entender aqui, donde e de que maneira começou a experiências desses meios de comunicação lembrando do Adorno. 

As primeiras experiências com telégrafo eletromagnético foram realizadas a partir de 1830 nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, e os primeiros sistemas de telegráficos viáveis foram estabelecidos a partir de 1840. A transmissão eletromagnético foi adaptada com êxito para transmitir a fala nos anos seguintes a 1870, pavimentação o caminho para desenvolvimento dos sistemas de telefonia em escala comercial. Durante a última década do século XIX Marconi e os outros começaram a testar a transmissão de sinais através de ondas eletromagnéticas, dispensando o uso de fios. Em 1898 Marconi transmitiu sinais a uma distância de 23 km sobre o mar, em 1899 transmitiu sinais através do canal mancha. A tecnologia de transmissão de fala por ondas eletromagnéticos foi desenvolvidas durante a primeira década do século XX por Fessenden e outros. Depois da I Guerra Mundial, Westinghouse nos Estados Unidos e Marconi na Inglaterra começaram as primeiras experiências com transmissões radiofônicas, isto é, a transmissão de mensagens por ondas eletromagnéticos para uma indeterminada e potencialmente vasta audiência. O subsequente desenvolvimentos dos sistemas de transmissão radiofônica – o rádio a partir de 1 920 e a televisão a partir dos anos 40 – foi rápido e universal. 

Para entender essa perspectivas é necessário compreender que esses meios de comunicação tem por objetivo fundamental a facilitação ao acesso a informação, educação, das comunidades e contribuindo assim para o reforço a Cidadania. 
Observa-se que o rádio na Guiné-Bissau têm propostas editoriais para todos os gostos, algumas optam pela informação (mensagens de nascimento ou falecimento, de organização de cerimônias tradicionais ou religiosas, para solicitar a vinda de um parente, para anunciar viagens ou para convocar reuniões); outras preferem a cultura, contam-se histórias de vida, recordações da juventude, anedotas, pedem-se conselhos, algumas poucas afirmam-se pela sensibilização sobre temas fundamentais relativa à cidadania. Assim acontece também com a (TGB), que tem por seu objetivo transmitir o jornal das 9hrs da noite, e aproveitando para anunciar alguns acontecimentos que marcaram o dia, uma outra objetivo tem haver com a transmissão de grandes eventos midiáticos do país, sobre debates nas campanhas eleitorais para concorrência à presidência da República. 



2) A Introdução de Rádio e Televisão na Guiné-Bissau 

A Guiné Bissau tem sofrido vários problemas desde dos tempos remotos entres os quais o de uma política educativa colonial restritiva e tardia. Com efeitos o primeiro estabelecimento de ensino secundário só foi feito em 1958, a primeira editora pública, a Editora Nimbo, só apareceu depois da independência em 1987, tendo tido uma pouca duração, fechando alguns anos depois. A estes problemas remotos, associam-se outras mais recentes que têm a ver com o pouco ou quase nenhum apoio que as autoridades do país têm prestado à promoção da cultura nacional em geral e a literatura, e a comunicação em particular. 
Para entender a introdução desses novos meios de comunicação, fiz questão de fazer a entrevista por via telefone, entrevistando o cidadão Mamado Mane. Segundo ele, antes da introdução dos novos meios de comunicação na Guiné-Bissau, a comunicação era por via tradicional, através de gestos, sinais, sons de tambores, e de “bombolom” (instrumento de comunicação), com o tempo, alguns anos depois surgiu a comunicação por via de cartas através dos correios. 
Passado alguns anos, depois de 1989, chegou a comunicação de massa, o rádio e televisão, e que mudou as consciências das pessoas na época através da imagens de televisão. Falando nisso, me lembro muito bem quando eu era menor de idade, nós não tínhamos Televisão, saia á noite quase a distância de um (km) só pra assistir Televisão na casa do vizinho, vendo aquelas imagens das pessoas do outro lado do mundo para mim era uma novidade, coisa de admiração. 
Segundo Flaviano Monteiro, esses novos meios de comunicação mudaram muita coisa na vida dos guineenses, a própria redução da distância e particularmente a mudança na mentalidade das comunidades e da população em geral, ao qual que tem direito a informação, cultura e educação. E opinião das pessoas foi bastante positivas na medidas em que esses meios se tornou a comunicação mais rápido e viável. 
Com o advento das sociedades modernas, vimos uma transformação cultural sistemática que começou a ganhar um perfil mais preciso, em virtude de uma série de inovação técnica associada á invenção da impressão originalmente desenvolvida por Gutenberg e, consequentemente, á codificação elétrica da informação, formas simbólicas começaram a ser produzidas e reproduzidas. 
Além disso, os novos meios de comunicação criam novas formas de ação e de interação e novos tipos de relacionamento sociais - formas que são bastante diferentes das que tinham prevalecido durante a maior parte da história humana. (Tompson, p. 77). 

Conclusões 
Conclui-se que objetivo é de estudar os meios de comunicação Guineense, e que o desenvolvimento desses meios de comunicação estão criando novo cenário técnicos em que a informação e conteúdo simbólico podem se converter rapidamente e com relativa facilidade em diferentes formas, a grande importância que esses meios trouxe no mundo é a redução da distância de acordo com a idéia de um dos entrevistado percebemos que os novos meios se tornou a comunicação mais rápido e viável. 

Referências 
Thompson,john B. uma teoria social da midia 
Adorno, Theodor W. e Horkheimer,Max. Dialética de esclarecimento 

PARALTA, BERNARDO
FORMANDO EM CIÊNCIAS DE INFORMAÇÃO UNESP, MARILIA

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A CORRUPÇÃO E A TRAGÉDIA


Um mês após o terrível tragédia do naufrágio do dia 28 de Dezembro de 2012 de uma piroga que efetuava a ligação entre as ilhas de Bijagós e Bissau, "Quinará II", do proprietário Gambiano LAMINE JENS,  uma catástrofe que segundo dados oficiais custou a vida de 34 pessoas, permanecem várias incertezas sobre as circunstâncias do sucedido e até sobre o número exato de vítimas. Bolama chora e sabe que a juventude, a energia e a graça dessas pessoas farão falta na construção do futuro Bolamense.
Segundo levantamento feitos pelos deputados, ultrapassam largamente esse número de corpos, em dezenas”, disse o responsável à Lusa.
Bolama tem 40 ilhas e ilhotas, Bijagós, é a maior atração turística da Guiné-Bissau, portanto é dever do estado, de governo é direto dos cidadãos que depende do mar de usufruir de pelo menos ( 3 ) Barcos para fazer ligação com zonas insolar contudo a nossa terra tem  “N”  problemas para isso serve o governo e, para isso que são escolhidos na urna, falando dos governantes me faz lembrar dos nossos deputados temos que saber apreender e saber corrigir os nossos erros.
Em 2009, ocorreu o trágicos acidentes no mar de pexis, em que morreram 84 pessoas a bordo de pirogas. O que dizer da tragédia cotidiana que atinge nossa sociedade?
O terrível tragédia nos comove e faz questionar a ação do poder público para garantir a segurança das pessoas que do “mar” depende para viajar.
Enquanto existe a impunidade, censura, golpes de Estado em cada 30 dias, infiltração do narcotráfico no aparelho de estado, vai ser muito difícil os políticos pensarem na maneira mais fácil evitar esse tipo de tragédia.