sexta-feira, 4 de maio de 2012

Reunião de CEDEAO decide

Presidente de Transição sai da ANP

cimeira de DakarA Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) decidiu recuar da sua
posição inicial, anunciada no encontro de Banjul, relativa a assumpção de Raimundo Pereira à Presidência da República de Transição, tendo o grupo de contacto dessa organização para a Guiné-Bissau indicado ontem, em Dakar, que o novo Presidente da República de Transição será eleito dentro da Assembleia Nacional Popular.
Segundo a notícia avançada pela RDP-Africa, nessas eleições, a CEDEAO indica que a segunda personalidade mais votada assumirá o parlamento durante a fase de transição e far-se-á a escolha do Primeiro-Ministro numa pessoa de consenso, devendo-se formar um Governo Consenso e de Base Alargada.
A CEDEAO que vai impor sanções aos golpistas remete hoje esta decisão ao Comando Militar para fazer valer a decisão saída do Grupo de Contacto dessa organização que integra os Chefes de Estado e Governos de Senegal, Nigéria, Gambia, Guiné-Conakry, Cabo Verde e Togo e garante que a Força de Interposição estará no país para assegurar a saída da MISSANG.
A mesma estação emissora adianta que o novo Presidente da República de Transição e o novo Primeiro-Ministro de Transição não poderão concorrer as próximas eleições gerais do país, previstas daí a um ano.

União Europeia sanciona seis individualidades
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o Tenente-General António Indjai, encabeça a lista de individualidades alvo das sanções da União Europeia, que inclui outros cinco militares considerados responsáveis pelo golpe de Estado.
Um dia depois de a UE ter aprovado sanções contra os líderes do golpe militar de 12 de Abril passado, a lista de seis pessoas que passam a ficar impedidas de entrar em território comunitário e cujos bens são congelados foi hoje publicada no Jornal Oficial da União Europeia e inclui ainda os generais Mamadu Ture "N'Krumah", Augusto Mário Có, Estêvão na Mena, Ibraima ("Papa") Camará e o tenente-coronel Daba Na Walna.
Enquanto relativamente a estes cinco militares o Jornal Oficial da UE limita-se a assinalar que os mesmos pertencem ao comando militar que assumiu responsabilidade pelo golpe de Estado.
A agência Lusa refere que quanto a Indjai a União Eurpoeia indica que este chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas já esteve pessoalmente envolvido no planeamento e liderança da insubordinação militar de 1 de Abril de 2010, tendo agido de forma a pressionar o Governo a nomeá-lo para a liderança das Forças Armadas.